Toda vez que o amor disser: vem comigo
Vai sem medo de se arrepender
Você deve acreditar no que é lindo
(Gal Costa)
Vai sem medo de se arrepender
Você deve acreditar no que é lindo
(Gal Costa)
Era uma noite estrelada de sábado, o relógio marcara exclusivamente 20:05, uma noite precisa para uma boa balada, festa ou coisa do tipo, mas ela decidiu ir ao bistrô da esquina apenas jantar, sozinha, como já estava jantando há tempos, se arrumando(e muito!) para uma noite nada precisa, mas que iria surpreendê-la… Ele? Ele queria ir a balada mais animada da cidade, vestiu a mesma roupa de quando a viu pela primeira vez, por razão de destino, gosto ou qualquer coisa assim. Ela colocou o mesmo salto, mas não a mesma roupa, e o seu batom preferido cor de vermelho ainda estava estampado em seus lábios, e mais uma vez o destino entrou em ação: sim, era o que ela havia usado na primeira vez em que seus lábios tocara os dele. Sabe-se lá pra que tanta arrumação da moça de salto 15, vestido branco e batom vermelho, será que era o destino em pessoa e já havia escrito e previsto o que lhe aconteceria na nada pretensiosa noite de sábado? E desceu todas as escadarias do prédio, recusando o elevador, parecia até que havia algo que se ela atrasasse mais 5 minutinhos, iria ver, e viu. Num tec tec sem fim do estalo de seu salto, a moça foi. O restaurante era sim na esquina, mas a moça parecia mesmo estar adivinhando algo, ou sonhando algo, pediu um táxi da portaria do prédio, entrou sem pressa e o pediu que desse uma volta nas cinco quadras a frente. Ele estava num engarrafamento inacabável, se estressava a cada segundo mais. Ela acabava de entrar no mesmo engarrafamento.
— Sem pressa, sem pressa. A noite ainda é muito longa. Pare no bistrô que fica ao lado de meu prédio. – Dizia ela ao taxista.
O taxista a olhava pelo retrovisor e via seu sorriso estampado na cara.
— Porque o táxi se o bistrô era logo ao lado? – disse ele, sem perder nem mais um minuto.
— Quis dizer, sem pressa e sem perguntas, por favor! Chamei o táxi para dar uma volta mais longa pela cidade, quis ver as estrelas… Mas agora, as vejo perfeitamente bem, não se preocupe. Sem pressa e sem perguntas, dear! - disse ela sem perder toda sua astucia e exitando mais uma vez.
— Quis dizer, sem pressa e sem perguntas, por favor! Chamei o táxi para dar uma volta mais longa pela cidade, quis ver as estrelas… Mas agora, as vejo perfeitamente bem, não se preocupe. Sem pressa e sem perguntas, dear! - disse ela sem perder toda sua astucia e exitando mais uma vez.
O engarrafamento parecia sem fim para ele, já para ela, era pouco o momento para observar as poucas estrelas que via num céu enfeitado mais pela janelas dos prédios que por estrelas. Ele mexia no celular, ela no cabelo.
— Quando isso vai acabar? – ele não conseguia dizer outra coisa, enquanto ela só conseguia suspirar.
30 minutos depois, o engarrafamento que parecia sem fim, acabou. Ele de tão raivoso e eufórico que estava, não quis mais balada alguma, só queria um lugar para tirar toda a fome que estava. Ela já estava saindo do táxi com um bonito sorriso no rosto.
— Sem pressa e sem perguntas, lembre-se sempre. É uma majestosa informação a um taxista. – dizia
Já entrava porta adentro do pequeno bistrô logo ao lado de seu prédio. Ele estava dirigindo ao redor de todas as quadras a procura de um restaurante, bar, lanchonete ou até um bistrô, parou o carro em frente a um restaurante que havia encontrado por ali e entrou.
— Moço, como pode ver estamos lotados e nossa fila de espera por uma mesa está gigantesca! – disse a moça fazendo com que ele ficasse mais eufórico ainda.
Saiu apressado do restaurante e já sem nada de paciência, ligou o carro e avançou pelas ruas ainda a procura de um lugar para lhe tirar a fome. Ela já estava a espera de seu pedido no pequeno e modesto bistrô, com sua própria companhia na mesa. Ele passou pelo bistrô, que de pequeno passou despercebido pelos seus olhos, ligeiramente deu uma ré em seu carro e estacionou, entrou no bistrô, também havia fila de espera, mas dessa vez era pequena, decidiu esperar.
— Temos duas mesa logo ali com apenas uma pessoa, se quiser, posso ir lá pedir para que o sente-se em uma delas – disse a recepcionista lhe dando a sugestão, ele não aguentava mais esperar e disse imediatamente um por favor.
Ela, na mesa estava de costas, de repente, a recepcionista chega e lhe pede a outra mesa para que um cliente sente-se lá, ela aceita. Ele recebe a resposta da recepcionista que lhe diz para segui-la até a mesa, e senta-se na mesa logo ao lado dela, ele faz seu pedido, mas nenhum ainda havia percebido o outro. O olhar dos dois se cruzou. Nela um sorriso bobo e tímido surgiu, nele aquele sorriso entusiasmado que parecia esquecer de todo o estresse que havia tido naquela noite, um momento de silêncio entre os dois, se o momento de silêncio era por alguém que morrera? Não, apenas o coração derretido dos dois.
— É você mesmo? – disse ela com o mesmo olhar de sempre
— Se você estiver pensando que eu sou quem sou, sim. Sou eu.” – respondeu ele.
— Se você estiver pensando que eu sou quem sou, sim. Sou eu.” – respondeu ele.
Ela o olhava com o olhar brilhante de como sempre olhou, ele já havia mudado o olhar, antes a olhava como se ela fosse um troféu, e naquele momento, com olhos de apaixonado.
— Sabia que um dia nessas esquinas da vida iríamos nos encontrar, e posso lhe confessar que não mudou nada! Digo, em mim. Minhas mãos ainda suam, lembra? Em você, o olhar mudou, percebi. O corte de cabelo também. Mas o sorriso continua o mesmo… E a roupa também, não é? – ela o disse rindo.
— Como esquecer tanta coisa? Inclusive, esse batom parece ou até pode ser o mesmo daquele dia. Mas quanto a você, continua linda. – ele a respondeu.
— Sabe, há tempos eu queria esse nosso encontro, queria te dizer tanta coisa que eu senti e ainda sinto. É pelas mãos suando, pelo sorriso bobo que sempre surge ao te ver por aí, pelo frio na barriga… Você sabe, né? Você quem nunca quis nada, e eu sabia. Por isso fui sem insistências. Tentei por muitas vezes te ver em outras pessoas, em outros braços sentir seus abraços, mas confesso que foi quase impossível. Você sabe do que falo. – Ela decidiu lhe dizer o que a tanto estava preso e tampado bem na garganta.
— Como esquecer tanta coisa? Inclusive, esse batom parece ou até pode ser o mesmo daquele dia. Mas quanto a você, continua linda. – ele a respondeu.
— Sabe, há tempos eu queria esse nosso encontro, queria te dizer tanta coisa que eu senti e ainda sinto. É pelas mãos suando, pelo sorriso bobo que sempre surge ao te ver por aí, pelo frio na barriga… Você sabe, né? Você quem nunca quis nada, e eu sabia. Por isso fui sem insistências. Tentei por muitas vezes te ver em outras pessoas, em outros braços sentir seus abraços, mas confesso que foi quase impossível. Você sabe do que falo. – Ela decidiu lhe dizer o que a tanto estava preso e tampado bem na garganta.
Ele se levantou da mesa ao lado, foi sentar-se bem na frente dela, pegou em suas mãos que estavam na mesa, olhou em seus olhos.
— Eu não sei se você deve acreditar em mim, mas antes de você acreditar em mim, eu sei que eu preciso me acreditar. Mas eu confesso que desde aquele dia não te esqueci mais, tentei te adicionar tantas outras vezes no facebook, até seu whatsapp consegui com amigos, mas parecia estar bloqueado ou coisa do tipo. Mas saiba que por você estou disposto a mudar, sei que não sou um cara muito fácil de se confiar, mas eu estarei disposto. Estava indo a uma balada, mas pelo engarrafamento que peguei logo ali já decidi não ir mais, quem sabe até mesmo o destino quer que eu mude por você. – Disse ele ainda olhando fixamente nos seus olhos.
A comida dela chegou, a dele demorou poucos minutos a mais e também chegou, os dois entre uma garfada e outra no prato, se entreolhavam e riam um pro outro.
— A conta, por favor. – pediu ela ao garçom assim que acabaram.
O garçom a trouxe o preço dos dois pratos juntos em uma só nota fiscal.
— Nossos despesas são separadas. – disse ela ao garçom.
— Não, em encontros, quem paga a conta sempre é o cara. E esse é o nosso primeiro de muitos. – disse ele já tirando a carteira do bolso e sorrindo para ela.
— Não, em encontros, quem paga a conta sempre é o cara. E esse é o nosso primeiro de muitos. – disse ele já tirando a carteira do bolso e sorrindo para ela.